Tradução de Isabel Queiroz Macedo.
Science in School é publicada pelo EIROforum, uma colaboração entre oito das maiores organizações de investigação científica internacionais da Europa (EIROs). Este artigo resume algumas das últimas notícias do EIROs.
CERN permite aos
utilizadores explorar a
formação do Universo
usando Realidade
Aumentada.
Google Arts & Culture/CERN
Desde o Big Bang, há 13,8 mil milhões de anos, que o Universo se expande e evolui. Começando como uma sopa rodopiante de plasma de quarks e gluões, o Universo passou pela formação de protões e neutrões, pelo aparecimento de átomos e moléculas e pelo nascimento de estrelas e planetas - tudo para se tornar no Universo que hoje conhecemos. Agora pode “fazer esta viagem” em apenas sete minutos com a nova aplicação de Realidade Aumentada sobre o Big Bang, do CERN.
Lançado em colaboração com o projecto Google Arts & Culture, a aplicação gratuita cria uma aventura de exploração da história do Universo, narrada pela actriz vencedora de um Oscar Tilda Swinton.
"Uma das missões do CERN é motivar e encorajar as pessoas de todo o mundo a envolverem-se em assuntos de ciência e tecnologia", diz Charlotte Warakaulle, directora de relações internacionais do CERN. "Com esta aplicação esperamos alcançar novos públicos e partilhar a história da origem do Universo de uma forma cativante."
Faça o download da Aplicação de Realidade Aumentada sobre o Big Bang e explore visitas guiadas adicionais do CERN no Google Arts & Culture website.
O laboratório do CERN fica na fronteira franco-suíça, perto de Genebra, na Suíça. É o maior laboratório de física de partículas do mundo.
se à proteína p62 e assim
evitar a autofagia.
Tobias Wüstefeld/EMBL
Todos os processos celulares dependem de proteínas. Para que as células funcionem correctamente, devem ser produzidas novas proteínas nas quantidades e nos momentos certos. O ácido ribonucleico (RNA) desempenha um papel muito importante nesse processo - mas a sua acção é ela própria regulada por proteínas que se ligam a RNA.
Cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL) descobriram recentemente um exemplo de um processo em que acontece o inverso: aqui, a acção de uma proteína é regulada por RNA. A proteína, conhecida por p62, está envolvida na autofagia, o processo de degradação e reciclagem dos componentes celulares: são eliminadas estruturas disfuncionais e reaproveitam-se alguns metabolitos, como aminoácidos, para construir novas estruturas.
Os investigadores verificaram que quando os níveis de aminoácidos são suficientes, o RNA se liga à proteína p62 e evita a autofagia. Estes estudos levam a crer que o RNA pode controlar a acção de proteínas e que se poderá estabelecer esse mecanismo como uma nova forma de regulação biológica - que pode ajudar a aprofundar a nossa compreensão da biologia e da doença.
Visite o site do EMBL para saber mais.
O EMBL com sede em Heidelberg, Alemanha, é o principal laboratório da Europa de investigação fundamental em biologia molecular.
Em órbita a 400 km de distância da Terra, a Estação Espacial Internacional reúne astronautas e cientistas de todo o mundo. Em julho de 2019 Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia, ESA (European Space Agency), iniciou a sua segunda missão na Estação Espacial Internacional, ao lado do cosmonauta russo Alexander Skvortsov e do astronauta da NASA Andrew Morgan. Durante a segunda metade da missão Luca será o comandante.
Durante a sua expedição, Luca fará experiências que contribuirão para manter os humanos seguros em missões espaciais mais longas. E também vai participar em ensaios que visam desenvolver o conhecimento tecnológico e operacional que ajudará humanos, juntamente com robôs, a explorar a Lua e Marte, em órbita e à superfície.
Luca também planeia gravar vários vídeos para apoiar actividades educativas que estão a ser desenvolvidas pela ESA para o próximo ano lectivo, para ajudar a promover assuntos STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) entre estudantes europeus.
Saiba mais sobre Luca Parmitano no ESA website.
A ESA é a porta de entrada da Europa para o espaço e tem sede em Paris, França.
De 16 a 18 de setembro de 2019, o Observatório Europeu do Sul, ESO (European Southern Observatory), acolherá a primeira Conferência da União Astronómica Internacional sobre Educação em Astronomia. A conferência decorre no Planetário e Centro de Visitantes Supernova do ESO - o cenário ideal para reunir astrónomos, divulgadores científicos de astronomia e professores.
Com conferências, posters e workshops, a conferência centrar-se-á em três tópicos principais: investigação sobre educação em astronomia, currículo e instrução, e formação de professores do ensino primário e secundário. Esses tópicos serão explorados tanto na teoria como com vista à sua implementação nas escolas.
O ESO Supernova organiza cinco workshops para professores no próximo outono, que juntam professores, cientistas e engenheiros e permitem que os professores experimentem actividades práticas de ensino.
Consulte o ESO Supernova website para saber mais sobre a conferência.
Visite o website para se manter informado sobre os próximos cursos do ESO Supernova.
O ESO é a mais importante organização europeia intergovernamental para a investigação em astronomia e é o observatório astronómico mais produtivo do mundo. Tem sede em Garching, perto de Munique, e mantém em funcionamento três observatórios de ponta no Chile.
Está em construção no Laboratório Europeu de Radiação de Sincrotrão, ESRF (European Synchrotron Radiation Facility), a primeira fonte de Radiação de Sincrotrão de elevada energia de quarta geração do mundo, a Fonte Extremamente Brilhante (EBS, Extremely Brilliant Source). Em março deste ano a EBS entrou oficialmente em fase de instalação com a colocação dos primeiros componentes no túnel do anel de armazenamento.
É um marco importante no programa de actualização de equipamento, que custa 150 milhões de euros e permite criar uma fonte de sincrotrão com um desempenho 100 vezes superior ao dos sincrotrões atuais. "É um grande momento para todas as equipas", diz Pantaleo Raimondi, director da Accelerator & Source Division do ESRF. “A EBS representa um grande avanço no progresso e inovação para a nova geração de sincrotrões”.
Quando a instalação estiver concluída em novembro de 2019, passa-se à fase de testes. O novo e poderoso instrumento de investigação estará à disposição dos cientistas em setembro de 2020.
O ESRF, situado em Grenoble, França, opera a mais poderosa fonte de radiação sincrotrão da Europa.
desenhada que leva os
leitores ao mundo da fusão
nuclear
ITER Japan
Explicar a fusão nuclear pode ser um desafio, mas uma nova banda desenhada aborda o tópico de uma maneira única e divertida. Intitulada A Small Sun on Earth, foi produzida por um japonês membro do ITER. O ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor) é um dos maiores projectos internacionais de sempre e o maior na área de fusão nuclear. Actualmente a ser construído em França, o ITER está no centro do trabalho da EUROfusion.
No primeiro volume, a personagem principal, Taiyô Tenno, um jovem estudante de arte japonês, apresenta aos leitores o conceito de fusão nuclear e o ITER. Uma vez construído, o ITER provará que a energia de fusão - que alimenta o nosso Sol - pode ser conseguida na Terra. O segundo volume conta a história de Taiyô, um estagiário no departamento de comunicações do ITER.
Faça o download dos dois volumes de A Small Sun on Earth (também disponível em francês e japonês) no ITER website.
O EUROfusion gere e financia actividades europeias de investigação em fusão nuclear, com o objectivo de obter energia transformável em electricidade. O consórcio é composto de 30 membros de 26 países da União Europeia, Suíça e Ucrânia.
A XFEL (X-ray Free Electron Laser) Europeia anunciou que pretende abrir um centro de visitantes e conferências no seu campus de Schenefeld, na Alemanha, e que a construção será iniciada em 2020. O centro dará ao grande público a oportunidade de conhecer a investigação que ali se faz, através de visitas guiadas e conferências. Um espaço de exposição interactiva de 500 m2 abrigará diversos dispositivos que explicam o funcionamento do laser de raios X e as suas aplicações. O centro será equipado com dois laboratórios escolares, que serão administrados em colaboração com um parceiro da XFEL, o DESY (abreviatura de Deutsches Elektronen-Synchrotron, que significa sincrotrão electrónico alemão).
Embora a construção do centro de visitantes e conferências ainda não tenha começado, a XFEL Europeia recebe e aloja grupos de estudantes de 15 anos ou mais desde o início de 2019. Se estiver interessado em marcar uma visita, entre em contacto com Marieke Sander.
O European XFEL um centro de investigação perto de Hamburgo, na Alemanha. Os seus feixes de raios X extremamente intensos são usados por cientistas de todo o mundo.
impedir a agregação em
placas de peptídeos β
amilóides, que é uma
característica-chave da
doença de Alzheimer.
Rita Carrotta / Silvia Vilasi /
CNR Itália
A doença de Alzheimer é um distúrbio neurodegenerativo crónico que afecta diversas funções cognitivas (memória, atenção, pensamento, entre outras). Uma das características da doença é a agregação de umas moléculas que ocorrem naturalmente, β-peptídeos amilóides, com formação de placas. Essas placas acumulam-se entre as células nervosas e danificam as membranas celulares no cérebro.
Um grupo de cientistas usou a difracção de neutrões, no Instituto Laue-Langevin (ILL), para estudar o efeito tóxico dos β-peptídeos amilóides que surgem durante a formação das placas. Verificaram que essas placas tornam as membranas das células nervosas mais rígidas, mas que uma determinada proteína (conhecida por Hsp60) inibe o processo de agregação, interrompendo o endurecimento das membranas e impedindo a formação de placas. O próximo desafio é entender como a proteína Hsp60 consegue isso, o que nos ajudará a esclarecer a grande complexidade da via de agregação.
Saiba mais sobre este estudo visitando o ILL website.
Com sede em Grenoble, França, o ILL é um centro internacional de investigação na vanguarda da ciência e tecnologia de neutrões.
O EIROforum combina recursos, instalações e competências das suas organizações-membro com o objectivo de apoiar a ciência europeia e ajudá-la a alcançar o seu pleno potencial.
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