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Issue 21
 -  07/03/2012

Um professor de ciência no ar

Eleanor Hayes

Traduzido por Rita Campos. Marco Martucci diz a Eleanor Hayes o que o ensino de ciência e o jornalismo de rádio têm em comum.

Lugano, a cidade natal de
Marco e a maior cidade em
Ticino

Imagem cortesia de Lugano
Tourism

Numa aula, quando está a explicar um tópico particularmente interessante, nunca desejou contar isso ao mundo? Explicar o que torna a estrutura da célula tão fascinante, porque é que precisamos da física newtoniana para visitar Marte ou a química envolvida num derrame de petróleo? Marco Martucci faz isso mesmo, combinando o seu trabalho de professor com a apresentação de um programa semanal de rádio sobre ciência.

Como foi que isso aconteceu?

Depois de se graduar em química em Zurique, na Suíça, Marco começou por trabalhar como químico na indústria mas aquele não era o trabalho certo para ele. “Gosto de comunicar, gosto de explicar, e isso não era possível lá. Era interessante mas era um mundo fechado.” Ele pensou que ensinar soava a algo mais satisfatório - e estava absolutamente certo. Depois de se formar como professor, Marco começou a ensinar ciência em geral a crianças dos 11 aos 15 anos. “Gosto mais de ensinar essa faixa etária do que estudantes mais velhos: podem fazer vários tópicos e não estão limitados a ter aulas de biologia ou química ou física. São muito receptivos a isso - são curiosos, querem saber e gostam disso também.”

Lugano, a cidade natal de
Marco e a maior cidade em
Ticino

Imagem cortesia de Lugano
Tourism

Marco começou por escrever artigos ocasionais para jornais de Ticino - o único cantão suíço onde o italiano é a única língua oficial. Escreveu sobre química, claro, mas também sobre duas das suas paixões - natureza e ciência de ponta em geral. Os seus artigos de jornal eram populares e em breve foi abordado para transferir o seu talento para outro meio: a rádio. Ofereceram a Marco o seu próprio programa de rádio: em cada semana, ele tinha sete minutos para educar, encantar e envolver a sua audiência no tópico científico do dia.

Ao longo dos últimos 15 anos a fazer o seu programa, ‘La scienza, la natura, le cose’ (A ciência, a natureza, as coisas)w1, Marco falou de química, natureza, astronomia, aeronáutica, energia nuclear, células estaminais, alterações climáticas, organismos geneticamente modificados, o derrame de petróleo no Golfo do México e muitos outros tópicos. “Penso que é importante que o público em geral esteja bem informado sobre ciência porque há muita informação enganosa disponível. É incrível o que as pessoas não sabem! Por isso tento corrigir isso - não apenas na escola mas também através do meu programa de rádio.” E claramente consegue - em 2002 foi galardoado com o Prix Media, o galardão nacional da Academia Suíça das Ciências para o jornalismo de ciência.

Claramente, apesar dos seus variados interesses e impressionante conhecimento científico, Marco não é um perito em todos os tópicos. Felizmente tem uma vasta rede de contactos - em institutos de investigação, em universidades ou na indústria. “Isto é muito importante para um jornalista mas claro que é também muito importante para o meu trabalho como professor - ter contacto directo com estas pessoas. É um grande benefício para as minhas aulas e uma das razões pelas quais o meu director me permite ter tempo para fazer o programa de rádio. Afinal, os professores de música muitas vezes tocam em orquestras - de forma semelhante, há uma sinergia entre os meus dois trabalhos. Como professor, um dos riscos é não nos mantermos actualizados nas nossas áreas - especialmente na ciência. Mas o meu programa de rádio mantém-me actualizado, permitindo-me apresentar investigação de ponta aos meus alunos na escola. Eles são muito receptivos a isso, porque ouvem sobre um tópico na televisão e na semana seguinte, na escola, podemos falar sobre isso.”

O próprio currículo escolar não está sempre muito actualizado, por isso introduzir ciência de ponta nas aulas pode ser um problema. No entanto, Marco sente que isso é algo que pode ser feito, tendo o material certo e alguma imaginação. “Por exemplo, Science in School é uma revista muito, muito boa”, diz ele.

A escola de Marco, a Scuola ]
Media Barbengo, em Lugano,
Suiça

Imagem cortesia de Marco
Martucci

Eu dificilmente discordarei. O Marco tem sido obviamente um fã dos materiais produzidos pelo EIROforumw2, o editor da Science in School, e pelos seus membros. “Em 2002, o EIROforum produziu um kit para ensino muito bom - Couldn’t be without itw3 – (‘Não posso estar sem isso’) – mostrando as ligações entre a ciência moderna e coisas do dia-a-dia como os CDs ou os lasers, o nosso fornecimento energético ou tratamento médico. A Agência Europeia Espacial (‘European Space Agency’) também produz material de ensino excelente - usámos alguns dos seus materiais da Estação Espacial Internacionalw4 (‘International Space Station’) na semana passada e consegui pôr os alunos a andar de skate!”

E, de facto, estamos a falar durante a pausa para almoço numa conferência no Laboratório Europeu de Biologia Molecularw5 (‘European Molecular Biology Laboratory’) - uma conferência só sobre sexo. Marco está a recolher material para o seu programa de rádio mas também para futuras aulas. E a conferência oferece várias oportunidades - os seus tópicos incluem a evolução do sexo, a biologia do intersexo, assim com cérebros ‘masculinos’ e ‘femininos’.

Com tanto material por onde escolher, pergunto eu, como é que o Marco selecciona os tópicos para o seu programa de rádio?

“Tiro ideias a partir dos tópicos científicos que estão nas notícias mas por vezes decido explicar um tópico que não é particularmente actual - porque sinto que as pessoas precisam perceber melhor a célula, por exemplo. Mas estou sempre atento a novos tópicos. Como professor e jornalista, a minha antena está sempre ligada, 24 horas por dia. Felizmente, a minha mulher é muito paciente com isso.”

E a quem direcciona Marco o seu programa?

Marco Martucci
Imagem cortesia de Marco
Martucci

“Quando estamos na rádio nunca sabemos quem nos ouve. Pode ser um cientista, uma pessoa muito simples ou mesmo uma criança. Por isso tento contar uma história que seja entendível sem ser paternalista, mas acima de tudo que seja cientificamente correcta. Por isso, se vou falar sobre algo que não pertence à minha área - lembre-se que sou um químico - consulto pessoas antes de escrever o meu programa. Se possível, falo com o cientista ou pelo menos com o gabinete de imprensa [da instituição do cientista]. Quero certificar-me de que o que falo está correcto - se não posso verificar, não falo sobre isso.”

Quem dera que todos os jornalistas fossem assim tão meticulosos. Talvez mais professores devessem ir para as ondas?

 

Referências da Internet

  • w1 – Para ouvir os podcasts do programa de rádio do Marco Martucci ‘La scienza, la natura, le cose’ (A ciência, a natureza, as coisas), visite: www.rsi.ch/podcast
    • Anteriormente, o programa também conhecido como ‘Dentro le cose’ (Dentro das coisas) e ‘Natura sott’occhio’ (Olho na natureza).

  • w2 – EIROforum, o editor da Science in School, é uma colaboração entre oito das maiores organizações de investigação científica inter-governamentais europeias. Para saber mais, veja: www.eiroforum.org
  • w3 – Produzido em 2002 pelo EIROforum, o editor da Science in School, o kit professor ‘Couldn’t be without it’ (‘Não posso estar sem isso’) pode ser descarregado gratuitamente. Veja: http://scitech.web.cern.ch/scitech
    • Para apoiar a actividade da malária no kit professor, entrevistas filmadas a cientistas podem ser descarregadas aqui:

Fotis C. Kafatos

Matthias Hentze

Iain Mattaj

Giorgos Christophides

Christian Schwager

  • w4 – Os DVDs (Missões 1-4) da Agência Espacial Europeia (AEE ou ESA, ‘The European Space Agency’) sobre a Estação Internacional Espacial (‘International Space Station’, ISS) e o kit educacional da ISS – assim como vários outros materiais educacionais – podem ser descarregados do site da ESA (clique em ‘Online material’): www.esa.int/educationmaterials
    • A ESA é a porta de entrada da Europa para o espaço, com sede em Paris, França. É membro do EIROforum – o editor do Science in School. Para saber mais, veja: www.esa.int

  • w5 – O Laboratório Europeu de Biologia Molecular (‘The European Molecular Biology Laboratory’) é o laboratório bandeira da Europa para as ciências da vida e é membro do EIROforum – o editor do Science in School. Para saber mais, veja: www.embl.org

CC-BY-NC-ND
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