Ataque nos tímpanos
O objetivo é que os alunos entendam a função e a importância dos ouvidos e abaixem o volume de seus tocadores de MP3 para prevenir danos em seus sistemas auditivos. Numa viagem desde uma fonte de ruído até o ouvido interno, são explicads a produção do som e a anatomia do ouvido.
Tour a pé pelo auditório
Leve os alunos para caminhar pelo espaço da escola ou jardim de infância, uma vez com tampões de ouvido e a outra, sem; para experimentar a perda de impressões do ambiente quando eles “desligam” parcialmente a audição. Eles também vão aprender sobre os perigos a que estão expostas as pessoas (parcialmente) surdas.
Você realmente ouve tudo?
O ouvido humano pode perceber sons com 20 a 20 mil oscilações por segundo. O número de oscilações por segundo é chamado frequência. Conforme envelhecemos, perdemos a capacidade de escutar frequências muito altas. Cachorros podem ouvir sons com até 35 mil oscilações por segundo (35 kHz) e morcegos escutam sons com frequências ainda maiores. Use um apito normal e um apito de cachorros para que as crianças comparem. Geralmente, os apitos de cachorro estão na faixa de 16 a 22 kHz, sendo que apenas as frequências abaixo de 20 kHz são audíveis para o ouvido humano (e, dependendo da situação particular de sua audição, você pode não conseguir escutar nem esses).
Ajuste o volume de um gerador de sinais com amplificador e alto-falante para um nível médio em uma frequência audível. Então, suba a frequência para 50 kHz e, devagar, volte a baixá-la. Peça à primeira criança que puder ouvir alguma coisa para descrever o som (um apito muito alto).
Seus ouvidos têm sons favoritos? Um diagrama auditivo individual
Testando nossa própria capacidade auditiva, podemos estimar o estado em que se encontra nossa audição. Conecte um gerador de sinais com osciloscópio e auto-falante, conforme indicado (veja a imagem).
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Imagem cortesia de Nicola Graf
Usando o gerador de sinais, coloque sons entre 250 e 16 000 Hz, de acordo com a Tabela 1. Para que os sons sejam comparáveis, certifique-se de que todos eles criam uma “linha de ondas” de mesma “altura” no osciloscópio.
Peça a cada criança que complete a tabela (que também pode ser baixada como roteiro de trabalho disponível no site de Science in Schoolw4), assinalando como eles percebem cada som – muito alto, alto, razoavelmente alto, baixo ou muito baixo. Isso pode ser um pouco complicado.
Para facilitar, comece com 16 000 Hz e faça comparações em pares com frequências próximas, por exemplo “Como vocês percebem o som de 16 000 Hz? Agora escutem o som de 8 000 Hz – como vocês o percebem agora, em comparação?”, e assim por diante. Geralmente, o ouvido humano é mais sensível às frequências em que geralmente falamos (cerca de 200 – 3 500 Hz).
Com a ajuda de um tutor da escola secundária (ou professor), cada criança deve traçar o volume percebido (por exemplo, alto = 8) sobre a frequência do som.
Tabela 1: diagrama auditivo individual
Como você percebe o som? |
Som 1 |
Som 2 |
Som 3 |
Som 4 |
Som 5 |
Som 6 |
Som 7 |
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16 000 Hz |
8000 Hz |
4000 Hz |
2000 Hz |
1000 Hz |
500 Hz |
250 Hz |
Muito alto (10) |
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Alto (8) |
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Razoavelmente alto (5) |
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Baixo (3) |
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Muito baixo (1) |
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Diagrama auditivo de uma
menina de oito anos. Clique
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útil fazer as mesmas medidas com adultos também (por exemplo, professores ou pais), porque, conforme envelhecemos, não ouvimos tão bem os sons de frequência muito alta. Você pode notar isso quando a TV está ligada – crianças pequenas podem ouvir um apito agudo, enquanto adultos não podem.
Como os sons chegam ao ouvido? A vela balançante
Como os sons são transportados por variações na pressão do ar, o som move partículas de ar. O movimento da chama de uma vela é usado para ilustrar isso. Sons com baixa frequência podem até apagar a chama de uma vela.
Materiais
- Um tocador de CD com woofer (alto-falante para sons graves) tocando música techno
- Uma vela e fósforos
- Um funil de papell
- Um tambor de som grave com um buraco na parte de trás
- Um gerador de sinais com amplificador
- Um alto-falante ajustável a baixas frequências (cerca de 100 Hz ou menos)
- Cabos
Imagem cortesia de Werner
Stetzenbach
Procedimentos
- Coloque uma vela acesa em frente ao woofer de um aparelho de som tocando música techno. A chama vai se mover no ritmo da música. Se o efeito não for muito visível, use um funil de papel entre o woofer e a vela para aumentá-lo.
- Coloque a vela acesa em frente ao buraco do tambor. Bata no tambor e veja a chama se mover ou mesmo apagar.
- Usando cabos, conecte o alto-falante ao gerador de sinais e ligue-o numa frequência baixa (100 Hz). A vela vai se apagar. Para aumentar o efeito, você pode usar um funil de papel entre o alto-falante e a vela.
O que acontece no ouvido?
Use um modelo de plástico ou papel (que pode ser feito em casa) do ouvido para ilustrar suas diferentes partes, que serão explicadas nos experimentos a seguir.
O ouvido externo: o canal auditivo e o tímpano
Imagem cortesia de Werner
Stetzenbach
A orelha e o canal auditivo coletam o som como um funil. Use um funil de papel na orelha para melhorar a audição: sussurre no funil e veja como ele amplia o som.
O ouvido externo atua como o tubo de um órgão, porém fechado num dos lados, de modo que o ar que passa por ele possa vibrar. Essa vibração é transmitida ao tímpano, uma membrana que se comporta como um tambor. Em seguida, passa por uma ligação mecânica para os três ossículos (pequenos ossos).
Materiais
- Um woofer (alto-falante para sons graves)
- Um gerador de sinais com amplificador ou um tocador de CD com amplificador
- Cabos
- Balas de gelatina
Procedimentos
Usando os cabos, conecte o woofer ao gerador de sinais ou tocador de CD. Coloque algumas balas sobre o woofer e veja como elas “dançam”. A membrana do woofer representa o tímpano.
O ouvido médio: os ossículos
Materiais
- Dois tamborins
- Uma baqueta
- Uma bola de ping-pong ou isopor presa a uma corda
- Um tabuleiro
- Um martelo ou outro instrumento similar feito de madeira
- Uma tigela
- Papel alumínio ou filme plástico
- Grãos de arroz ou açúcar
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Imagem cortesia de Nicola
Graf
Procedimentos
- Coloque a bola de ping-pong ou isopor (representando os ossículos) sobre um dos tamborins (T2, na imagem abaixo). Com uma baqueta, bata no outro tamborim (T1, a fonte do som) e veja a bola se mover conforme as ondas sonoras alcançam T2.
- Cubra a tigela com o papel alumínio ou o filme plástico e coloque por cima os grãos de arroz ou açúcar. Segure o tabuleiro próximo à tigela, bata nele com o martelo e veja o arroz ou açúcar (representando os ossículos) pularem.
O ouvido interno: a cóclea
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Imagem cortesia de Nicola Graf
Existem nervos auditivos nas células ciliadas da cóclea. O som (ou seja, mudanças na pressão do ar) fazem com que elas se movam, o que dispara informações para serem transmitidas ao cérebro. Quanto mais alto o som, mais os cílios se movem. Sons muito altos podem até danificar as células ciliadas.
Um tubo de vidro é usado como modelo para uma cóclea sem curvas. O pó de cortiça ou talco dentro do tubo representa as células ciliadas.
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Imagem cortesia de Werner
Stetzenbach
Materiais
- Tubo de vidro
- Pó de cortiça ou talco
- Dois apoios para o tubo de vidro (ver imagem)
- Um gerador de sinais
- Um alto-falante
- Cabos
Procedimentos
- Encha o fundo do tubo de vidro com pó de cortiça ou talco e coloque-o horizontalmente sobre os apoios.
- Usando os cabos, conecte o alto-falante ao gerador de sinais e posicione-o em frente a uma das aberturas do tubo de vidro.
- Ajuste a frequência do som (dependendo do comprimento do tubo) até que o tubo ressone (para qualquer comprimento, haverá várias frequências em que isso acontece), fazendo com que seja visível a vibração do pó. Isso representa o movimento das células ciliadas.